Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/economia/bolha-imobiliaria-pode-afetar-5-paises-saiba-quais-sao
Aumento do preço dos imóveis no Brasil tem sido tema de discussão de grandes nomes da economia mundial, como Robert Shiller, Nouriel Roubini e Joseph Stiglitz
A alta dos preços dos imóveis volta a preocupar o mercado brasileiro. Pelo segundo mês consecutivo, o preço do metro quadrado...
dos imóveis prontos, a maioria usados e anunciados na internet, subiu 1,3% em média em 16 cidades, segundo o Índice FipeZap de novembro. Em 12 meses, os preços subiram 13,8%. Descontada a inflação esperada de 5,9% para o período, segundo o Boletim Focus do Banco Central, o aumento real foi de 7,9%.
De acordo com dados do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), o preço médio anual do metro quadrado de apartamentos novos em São Paulo saltou de aproximadamente 2,5 mil reais, em 2002, para 8,2 mil reais em novembro deste ano – uma variação de mais de 200%.
Leia também:
Rodrigo Constantino: Há bolha imobiliária no Brasil?
A existência de uma bolha imobiliária no Brasil é tema para discursos acalorados entre economistas brasileiros. E, mais recentemente, também para os grandes pensadores estrangeiros. Os vencedores do Nobel de Economia Robert Shiller e Joseph Stiglitz escreveram sobre o assunto. O economista Nouriel Roubini, conhecido por ter previsto a crise financeira de 2008, também falou a respeito do tema na semana passada.
O assunto é complexo porque não envolve apenas o aspecto da rápida subida de preços em relação à variação da renda dos brasileiros. O déficit habitacional, ainda muito alto no Brasil (em torno de 6 milhões de moradias), e os altos juros de financiamentos imobiliários, se comparados aos de outros mercados, tornam a percepção de bolha pouco crível no país. Contudo, o tema exige atenção — não só no Brasil, como em outros países. Confira uma lista elaborada pela Fortune com as cinco nações que devem tomar cuidado com a formação de uma bolha imobiliária.
A rápida subida dos preços de imóveis na Austrália fez com que o Fundo Monetário Internacional (FMI) fizesse um alerta, em novembro, sobre a possibilidade de bolha.
Em Sidney, a cidade mais populosa, o preço de uma moraria média avançou 13% no ano, para 718 mil dólares — valor superior ao de Londres e próximo ao de Nova York, que está em cerca de 800 mil dólares.
O Banco Central australiano também se pronunciou sobre o tema: pediu cautela aos investidores do setor, que se valem das taxas de juros baixíssimas praticadas no país para especular na compra e venda de imóveis.
A existência de uma bolha imobiliária no Brasil é tema de inúmeros debates entre economistas. Apesar de o aumento do preço dos imóveis pesar a favor da teoria da bolha — nas capitais, a alta média em 2013 é de 14% —, economistas argumentam que o crédito caro e o grande déficit habitacional inibem o surgimento de uma situação especulativa.
O ganhador do Prêmio Nobel, Robert Shiller, disse em entrevista ao site de VEJA, em agosto deste ano, que há indícios de bolha no país. Nouriel Roubini, um dos economistas a prever a crise imobiliária nos Estados Unidos, endossou a afirmação em artigo publicado na semana passada. Nesta quarta, foi a vez de outro Nobel, Joseph Stglitz, chamar a atenção para o aumento dos preços dos imóveis no Brasil.
O país já vivenciou uma bolha imobiliária em meados de 2000 devido ao rápido aumento do crédito. O estouro da bolha acarretou numa profunda recessão. Para ajudar o país a se reerguer, o governo implementou medidas de estímulo que incluíam mais crédito a juros ainda mais baratos. Apenas em Auckland os preços do mercado imobiliário subiram, em média, 17%. A alta fez com que o governo neozelandês começasse a se precaver e determinasse um aperto nos requisitos exigidos para a concessão de crédito.
dos imóveis prontos, a maioria usados e anunciados na internet, subiu 1,3% em média em 16 cidades, segundo o Índice FipeZap de novembro. Em 12 meses, os preços subiram 13,8%. Descontada a inflação esperada de 5,9% para o período, segundo o Boletim Focus do Banco Central, o aumento real foi de 7,9%.
De acordo com dados do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), o preço médio anual do metro quadrado de apartamentos novos em São Paulo saltou de aproximadamente 2,5 mil reais, em 2002, para 8,2 mil reais em novembro deste ano – uma variação de mais de 200%.
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Rodrigo Constantino: Há bolha imobiliária no Brasil?
A existência de uma bolha imobiliária no Brasil é tema para discursos acalorados entre economistas brasileiros. E, mais recentemente, também para os grandes pensadores estrangeiros. Os vencedores do Nobel de Economia Robert Shiller e Joseph Stiglitz escreveram sobre o assunto. O economista Nouriel Roubini, conhecido por ter previsto a crise financeira de 2008, também falou a respeito do tema na semana passada.
O assunto é complexo porque não envolve apenas o aspecto da rápida subida de preços em relação à variação da renda dos brasileiros. O déficit habitacional, ainda muito alto no Brasil (em torno de 6 milhões de moradias), e os altos juros de financiamentos imobiliários, se comparados aos de outros mercados, tornam a percepção de bolha pouco crível no país. Contudo, o tema exige atenção — não só no Brasil, como em outros países. Confira uma lista elaborada pela Fortune com as cinco nações que devem tomar cuidado com a formação de uma bolha imobiliária.
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A rápida subida dos preços de imóveis na Austrália fez com que o Fundo Monetário Internacional (FMI) fizesse um alerta, em novembro, sobre a possibilidade de bolha.
Em Sidney, a cidade mais populosa, o preço de uma moraria média avançou 13% no ano, para 718 mil dólares — valor superior ao de Londres e próximo ao de Nova York, que está em cerca de 800 mil dólares.
O Banco Central australiano também se pronunciou sobre o tema: pediu cautela aos investidores do setor, que se valem das taxas de juros baixíssimas praticadas no país para especular na compra e venda de imóveis.
A existência de uma bolha imobiliária no Brasil é tema de inúmeros debates entre economistas. Apesar de o aumento do preço dos imóveis pesar a favor da teoria da bolha — nas capitais, a alta média em 2013 é de 14% —, economistas argumentam que o crédito caro e o grande déficit habitacional inibem o surgimento de uma situação especulativa.
O ganhador do Prêmio Nobel, Robert Shiller, disse em entrevista ao site de VEJA, em agosto deste ano, que há indícios de bolha no país. Nouriel Roubini, um dos economistas a prever a crise imobiliária nos Estados Unidos, endossou a afirmação em artigo publicado na semana passada. Nesta quarta, foi a vez de outro Nobel, Joseph Stglitz, chamar a atenção para o aumento dos preços dos imóveis no Brasil.
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